O maior perigo, ao qual estamos sujeitos, é fazer nossa própria alma refém das armadilhas que nosso coração é capaz de criar.
Um segundo de descuido pode causar um mal impossível de ser desfeito durante toda uma vida.
Os outros têm o direito de falhar e a gente o de rejeitar suas falhas, bem como temos o direito de falhar e os outros, o de rejeitar nossas falhas.
Rejeitar as falhas dos outros não quer dizer se sentir magoado com elas ou por elas, como também se conformar com as que não se pode mudar, quer dizer aceitá-las, aplicando-as de maneira que nos manobrem a ponto de falharmos em relação às pessoas.
O mundo foi salvo pelo amor incondicional de Jesus e o homem rejeita essa salvação enquanto espera, e até exige, que um ser, também frágil e incapaz, faça por ele o que não pode e nem quer fazer pelo outro.
Quando sufocamos nossos desejos ou deixamos que sejam reprimidas as nossas vontades para favorecer ao próximo, em troca recebemos, com seus valores multiplicados por dez, as bênçãos de Deus.
Ao entregar a Deus as angustias e ansiedades, ELE as transforma em força para se suportar tudo, quando o pior momento chegar. Quando não se permite que Deus tome conta e se deseja mostrar fortaleza, não se está aceitando que nada se pode e por isso sofre-se mais na hora de maior dor.
Enquanto o homem cuida do “progresso” do mundo procurando proporcionar bem estar ao corpo, foge da proposta de felicidade à qual foi criado. Por se esquecer que é com a alma que ele deve se preocupar está destruindo até o que acha que é a fonte de sua vida: A NATUREZA.
O que se vê ou se ouve pode ser descrito e imaginado, porém o que se sente, apesar de definido no coração, muitas vezes, é impossível de se exprimir. É tão íntimo, tão pessoal que não se consegue explicar. Assim age o amor de Deus em cada ser. É mais do que especial e inspira a essência daquele que se abre, não só para curá-lo, mas, principalmente, para salvá-lo.
Quando apenas se espera ou se deseja receber do outro, sofre-se decepções. Pode-se “morrer”. Quando, porém se partilha o que se tem, sem esperar retorno, sente-se alegria e se tem vida em abundância.
Não julga o outro aquele que, voltando seu olhar para si mesmo, reconhece sua tendência ao engano e enxerga o quanto se é débil e culpável.
O ser humano tornou-se escravo de si mesmo no dia em que ouviu e aceitou, sem entender, a sugestão que dizia que ele precisava fazer sua parte para ter o mesmo conhecimento que Deus. A parte que cabe ao homem é crer em seu Criador, aceitar sua condição de ser inferior reconhecendo que precisa d’Ele e permitindo que faça Sua vontade. Foi o que Jesus fez e por isso vive e reina para sempre. Aliás, mesmo a graça de crer é dada por Deus e apenas quem compreender isso será livre novamente.
Aquele que deseja alcançar o progresso da alma deve preocupar-se mais com o outro do que consigo mesmo, pois ao visar seus próprios interesses o homem se afasta dos propósitos de Deus e é cada vez mais infeliz.
Depois que se recebe o conhecimento do poder que a Luz de Deus exerce sobre as trevas do mal, não se concebe que alguém igual tenha força para causar algum dano à essência do ser humano e nem se inquieta pelo que o futuro reserva ao físico.
Quando alguém que se ama muito deixa este mundo, não se tem vontade de continuar caminhando, pela falta que se sente dela, mas percebe-se logo que é possível. Deve-se aprender, com isso, que só Deus é totalmente e sempre indispensável nesta vida e eternamente.
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